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Capítulo VI - Aperto de mãos sangrentas



***Indica-se ler o início deste capítulo escutando a canção:

https://open.spotify.com/track/6a8ykogaRv5KD7yIXqoLDg?si=04d7e4e39c99407e



Em algumas horas. Em algumas horas irei vê-lo ``, almejava Maeve em seus pensamentos. Ela devia estar descansando, mas procura se concentrar em aprimorar sua habilidade. Ela não poderia perder o controle se quisesse cooperar com todos os outros. Aquilo tudo foi terapêutico para ela. Não se lembrava da última vez que demonstrou uma confiança tão firme com as pessoas ao seu redor. Estava no quarto, trabalhando no controle da sua energia amaldiçoada, pois sentia que precisava treinar mais sua habilidade inata. Afinal, não era porque ela havia descoberto essa habilidade, que necessariamente já soubesse manuseá-la com maestria. E esse poder, para ela, foi algo assustador mas ao mesmo tempo gratificante.


Na noite anterior, ela treinou com todos do Colégio a versatilidade do seu poder. Usando o punhal amaldiçoado durante um treino com Itadori, ela acabou ferindo sem querer o colega


- Puxa, me perdoa! Está sangrando muito! Deve ficar uma cicatriz feia aí - diz Maeve, consternada

- Imagina! Eu já tenho tantas cicatrizes, mais uma não vai fazer diferença, hahaha - brinca Itadori


Enquanto seu novo amigo sai para se limpar, Maeve percebe que a ponta do seu punhal ficou suja de sangue. Sem conseguir parar de pensar em Otis, ela risca no chão com o punhal ensaguentado: “Otis eu te amo”. Não demorou nada para que Itadori voltasse correndo ao centro de treino, gritando alto a frase que ela acabara de escrever


- OTIS, EU TE AMO! OTIIIS, EU TE AMO!! - grita Itadori, que logo percebe que não tem ideia do que acabou de fazer - Hã?? O que foi que eu disse??


E foi nesse momento que Maeve acabou descobrindo a profundidade de sua habilidade: ela precisava de uma gota de sangue de qualquer pessoa, para que sua escrita gerasse um efeito sobre ela. Desesperada, resolveu fazer uma nova tentativa e chegou até mesmo a tentar escrever com o punhal em sua própria pele, mas não conseguiu. Quando decidiu usar uma pequena quantidade de sangue de Eric para tentar a última possibilidade, em um papel escreveu: “Ele sentirá sede”. E não demorou muito para que Eric saísse desesperado, para ingerir o primeiro líquido que estivesse em sua frente.


Ainda em seu quarto treinando, Maeve ouve batidas na sua porta, e diz para a pessoa entrar. Era Mei Mei, acompanhada com um corvo como de costume. Por mais que ela trouxesse uma energia intimidadora onde chegasse, sempre era gentil.


- Olá garota prodígio! - diz ela, demonstrando um leve sorriso no canto dos lábios, que não era tampado pelo seu longo cabelo branco trançado - Estive te observando esses últimos dias e devo confessar que fui surpreendida ao ver a sua absurda evolução. Ainda mais o domínio da sua poderosa habilidade inata. Com certeza é algo a se apreciar!


Maeve questiona consigo mesma como Mei Mei, literalmente, via tudo mesmo sem nunca estar presente em determinados locais


- Porém, quando soube que a maldição que vocês irão enfrentar tinha ligação com Mahito, decidi agir - prossegue Mei Mei, mostrando algo que estava escondido em suas mãos aquele tempo inteiro.


Era uma espécie de pequena espada. Mais necessariamente, um lápis de ferro avançado que possuía uma ponta fina, que captava o sangue de seus oponentes. Assim facilitaria para que Maeve agisse com mais rapidez para atingir o seus inimigos com sua escrita amaldiçoada. Juntamente à arma, a diretora lhe entregou um pergaminho que seria igualmente útil na batalha.


- Obrigada Mei Mei-sensei! - agradeceu Maeve, curvando seu corpo diante da diretora

- Arranjei às pressas, mas deverá ser útil - responde Mei Mei - Agora, você sabe muito bem o que deve fazer.

- Sim, eu sei! - afirma Maeve, com uma ferocidade nos olhos que nunca havia possuído antes.

- Eu sei o quão capacitada você é para essa tarefa. Além de que é visível o sentimento que você possui pelo garoto que foi capturado - afirma Mei Mei - Ele irá voltar. E quando ele voltar, diga tudo o que quer dizer a ele. Além disso, estarei de olho em vocês a todo o tempo - diz ela, pouco antes de sair do quarto.


Maeve se sente reconfortada pelas palavras que lhe foram ditas e, finalmente, decide que é a hora de descansar. Na batalha ela estará mais do que pronta. E não irá olhar pra trás.


***


Distante do colégio Jujutsu, num quarto subterrâneo de um prostíbulo no distrito de Kabukicho, Hope, que agora era uma maldição sem sentimentos, está dialogando com um homem robusto e de olhar intimidador. Ele possuía traços afro-nipônicos. Seu nome era Abasi. Ele era o chefe de uma dos maiores grupos mafiosos de Tokyo. Porém, mais do que isso, ele era um poderoso xamã. Seu pai era um queniano que mantinha relações com uma grande chefe de gangues da capital japonesa. Seus pais eram traficantes de armas amaldiçoadas.


Abasi, não muito diferente de seus progenitores, se tornou uma poderosa figura nas vendas ilegais de objetos amaldiçoados. E, posteriormente, desenvolveu a poderosa máfia: Akuma. Era um grupo constituído por xamãs que desertaram dos seus clãs e se dedicaram a uma vida corrupta. Eles comandavam outros diversos negócios ilegais por toda a cidade de Tokyo.


Hope, após ser transfigurada e abrigar a maldição em seu interior, conseguiu gradualmente criar relações com os grupos que trabalhavam naquela região. Ela dava fim à existência de qualquer adversário que surgisse no caminho da Akuma. Ingeria os inimigos, alimentava a si e seu filho com suas energias e os transfiguravam, uma vez que a criança carregava a mesma energia amaldiçoada de Mahito. Além disso, ajudava no processo de despistar a polícia de provas que colocassem a máfia em perigo. Em troca, Abasi protegia Hope de ataques de feiticeiros Jujutsu.


- Abasi, Preciso da sua ajuda. Mais do que nunca - diz ela, em tom de desespero - Eles me encontraram. Hoje mesmo, senti fortes dores no meu corpo causadas por ataques vindos dos feiticeiros do colégio. Eles descobriram e não vai demorar muito para chegarem aqui. Eu preciso da sua ajuda, por favor! - implora Hope, que recebe um olhar indiferente de Abasi.

- Ok! - diz ele de forma indiferente, acentuando o sentimento de apreensão em Hope - E se a gente se ferrar nessa história? E quando eu digo “a gente” me refiro a mim e ao meu grupo. Você é só uma peça. Se meu grupo se der mal no fim das contas, o que você vai fazer? - pergunta ele

- Eu juro que eu só preciso de uma pequena ajuda. Atrase alguns deles. Eu ficarei responsável por finalizá-los. Eu odeio aquelas criaturas e sei que você sente o mesmo. Essa é nossa chance de acabarmos com eles - Diz ela na tentativa de convencê-lo - Você precisa de mim e eu de você. Por favor me ajud…


Antes que ela terminasse, Abasi aponta uma Katana para Hope.


- Olha aqui! eu não preciso de você. sua idiota! - Diz ele com todo o ódio dominando o seu corpo - Eu irei te ajudar, mas se algo acontecer conosco, eu farei questão de te perseguir até o submundo das maldições e acabar contigo


Enquanto ele fala, o corpo de Hope, que agora é uma genitália gigante, começa a tremer de medo. Porém, se alivia ao perceber que contará com a ajuda de Abasi.


- A partir de agora, todos se prontifiquem para a ocorrência de qualquer ataque iminente! - exige ele ao se dirigir aos seus capangas. Todos começam a se mover para se preparem para a futura batalha.

Abasi lança um olhar arrepiante sobre a maldição. Hope gela, mas logo decide sair dali para se preparar para o embate que está prestes a acontecer. O Gran Finale.


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