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Capítulo VIII - O fio vermelho do destino



***Indica-se ler início deste capítulo escutando a canção:


Duas semanas depois


Na cultura japonesa, existe uma lenda que diz que o destino conecta as pessoas por meio de um fio vermelho, e que independente das circunstâncias da vida, inevitavelmente, essas pessoas irão se encontrar. Maeve lembra de ter visto sobre isso pouco antes de ir para Tokyo, e por mais que ela não curtisse muito superstições, não conseguia esquecer disso sempre que pensava em Otis. Afinal, como seria possível um laço se manter tão forte mesmo após tantas circunstâncias imprevisíveis? Mas muitas vezes Maeve simplesmente ria dos seus pensamentos bobos para distrair.

Otis estava muito melhor após todos os cuidados médicos feitos pelos feiticeiros Jujutsu do colégio. Ele não se lembrava de quase nada.


- O que houve comigo? Parece que eu tive um sonho, que eu era engolido por uma vagina gigante e ficava perdido num mar gosmento. Era um pesadelo, na verdade. Um horror! - diz Otis

- Na verdade - diz Maeve, tentando disfarçar - você desmaiou de tanto beber saquê. Por sorte encontrei Eric, e ele nos trouxe para a casa de uns amigos conhecidos. Você apagou por quase dois dias!

- Eric! Que saudade! - diz Otis, indo em direção ao amigo para abraçá-lo


Os amigos até tentaram lhe contar a verdade. Porém, após alguns dias, ele realmente passou a achar que tinha bebido muito, estava confundindo dias com semanas e pensava que Itadori, Megumi e Nobara eram parentes.

Maeve conversou com Mei Mei e decidiu que iria continuar sua vida de xamã, entretanto também gostaria de continuar seus estudos regulares. Sua proposta foi facilmente aceita pela diretora do Colégio Jujutsu. Exceto a de que Mei Mei parasse de colocar corvos na janela dos quartos dos alunos. Depois, Maeve fez questão de agradecer Itadori, Megumi e Nobara pelo apoio imensurável que lhe deram, mas foi recebida com um : “que nada. Nós já passamos por coisas bem piores”.

Eric e Lily estavam se recuperando muito bem de seus ferimentos, mesmo que Otis sempre questionava por que eles dois estavam com machucados semelhantes ao mesmo tempo. E por que Lily apareceu inesperadamente em Tokyo.

Eis que após alguns dias Maeve veio notar que faltavam dois dias para o início de suas aulas. Então, propôs que todos se reunissem um dia para aproveitar um dia em Tokyo (sem maldições ou gangues). Felizmente, todos concordaram.

Era um belo dia de primavera na grande cidade e todas as pessoas estavam aproveitando a calma do cotidiano antes do início do semestre letivo. Maeve e Otis decidiram passar em um Maid Café. Juntamente, Nobara levou a sua melhor amiga Maki Zenin, ela era uma feiticeira também, contudo estava tirando férias dos trabalhos de xamã. Eric foi também e aproveitou a ocasião para apresentar a todos o seu namorado Oba, que ele conheceu anos antes na Nigéria. Lily foi vestida como cosplay de Freeza de Dragon Ball Z. E Itadori estava a todo momento, como de costume, pirraçando e acariciando Megumi, que estava com seu típico semblante

sério, mas que sempre se desfazia quando Itadori fazia alguma graça.


- Vocês dariam um belo casal - diz Maeve que se arrepende de ter falado aquilo tão repentinamente

- Mas nós somos um casal - responde Megumi, consequente deixando-a com um olhar de extrema surpresa

- Espera aí! então esse tempo todo eu era a lerda da história? - diz Maeve. E todos na mesa caem na gargalhada..


Após uma energética tarde, Otis e Maeve pararam sob uma bela árvore de cerejeira e se olharam por um longo tempo.


- Otis, quando eu era jovem, eu escrevi uma história que o amor da minha vida iria me encontrar, mesmo se um dia ele me perdesse de vista. Enquanto eu passava uma das folhas de papel, eu cortei meu dedo e toda a história foi escrita sobre o sangue derramado - diz Maeve enquanto olha o rosto confuso de Otis - Acho que ali foi traçado a linha do destino que nos juntou para sempre - termina Maeve causando leves risos em Otis que não entende aquilo.


- Eu te amo! - diz ele

- Eu te amo! - diz ela


E foi ali que ela chegou a conclusão de que se o destino estava tentando amarrá-los por um cordão vermelho, ela não iria mais relutar contra isso. Era com ele que queria viver o seu destino.


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